A importância das intervenções em grupo com pares da mesma idade e/ou mesmo repertório e habilidades em ambiente de intervenção controlado

Dentro do espectro do autismo, a interação social deficiente é um dos critérios diagnósticos mais desafiadores. A intervenção comportamental aplicada enfatiza a importância do desenvolvimento social através da interação com pares, considerando-a fundamental para o crescimento integral da criança. A exposição a contextos de grupo controlados, com pares da mesma idade ou habilidades semelhantes, é um meio eficaz de ampliar as habilidades sociais necessárias para uma vida social plena e integrada.

As interações sociais constituem o fundamento do desenvolvimento infantil, com implicações diretas na aquisição da linguagem e na formação da identidade. Essa perspectiva destaca a interação como um processo intrínseco ao ser humano e crucial no manejo terapêutico do autismo. Práticas lúdicas, como jogos e brincadeiras, são vitais para esse desenvolvimento, pois não só encorajam a comunicação e expressão de sentimentos, mas também promovem a socialização. Atividades em grupo facilitam o aprendizado por observação e imitação, precursores da autorregulação e autonomia.

A intervenção precoce que fomenta o contato com pares pode prevenir o isolamento e maximizar o potencial de interação e comunicação das crianças com autismo. No entanto, a singularidade de cada indivíduo demanda uma abordagem individualizada, ajustando-se ao nível de funcionamento da criança e explorando as intervenções mais apropriadas, desde a higiene do sono até a terapia cognitivo-comportamental e a utilização de fármacos em casos selecionados.

É indiscutível que as intervenções em grupo com a presença de pares são um pilar para o desenvolvimento social de crianças com TEA. Ao proporcionar um ambiente estruturado e sistematizado com a orientação de profissionais especializados, essas intervenções maximizam a aquisição e generalização de habilidades fundamentais para a vida social. Portanto, além de ser uma prática baseada em evidências científicas, as intervenções grupais se estabelecem como uma estratégia essencial nos serviços do PROTEA, comprometidos com a inclusão e o avanço contínuo dos seus usuários.

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